A estiagem prolongada traz com ela a necessidade de cuidado redobrado com a saúde. Para além dos problemas respiratórios, que são as queixas mais recorrentes da população, é muito comum o ressecamento da pele e das mucosas. A sensação de mal estar se acentua ainda mais quando a umidade é inferior a 30%. E neste ano, em setembro, tivemos umidade de 13% (dados INPE), mais crítica que a do Saara, cuja média é de 14%.
Em tais condições, quando há sol forte e tempo seco, é válido o uso de lubrificantes oculares, desde que recomendado por um especialista, como explica o dr José Geraldo Pereira, chefe do Departamento de Estrabismo, Pterígio e Lentes de Contato do Grupo INOB (Hospitais INOB e HOG). “Apesar de ser um medicamento simples, seu uso prevê alguns cuidados como nunca alterar a dosagem indicada. Também é fundamental lavar as mãos antes e depois da aplicação, pingar somente uma gota de cada vez, não encostar o aplicador nos olhos e não compartilhar o medicamento”, explica.
É preciso estar atento aos sintomas relacionados ao ressecamento, tais como coceira, queimação ocular e ardor. Ao alcance de todos, está a hidratação constante como o consumo de água e sucos naturais, uso de óculos escuros e ambientes umidificados por umidificadores de ar ou mesmo toalhas molhadas.
Aos adeptos da prática esportiva ao ar livre, a exposição dos olhos ainda é maior. “O ideal é que as pessoas se exercitem nas primeiras horas do dia ou ao final da tarde e sempre com muita hidratação”, alerta o Dr Henrique Magalhães, chefe do Departamento de Cirurgia Refrativa do Grupo INOB. “Também devem ficar atentas quem já tem alguma deficiência de filme lacrimal, pois os sintomas costumam ficar exacerbados na seca. Um oftalmologista pode prescrever colírios ou mesmo gel lubrificante eficazes”, esclarece.
ALÉM DO LUBRIFICANTE, ÓCULOS ESCUROSO Dr. Daniel Moon Lee, sócio-diretor e chefe do departamento de Catarata e Implantes de Lentes do Grupo INOB, tamb[ém chama a atenção para a importância de se proteger os olhos com óculos escuros de qualidade. "Usar óculos escuros de má qualidade, que não contam com lentes que protegem contra raios ultra-violeta, por exemplo, é ainda mais prejudicial do que não usar óculos algum. Quando estamos sem óculos, a simples presença da luz provoca uma reação em nossos olhos, o fechamento da pupila (Miose). Ou seja, sem óculos, naturalmente, nosso organismo limita a entrada de luz nos olhos. Ao contrário, quando usamos óculos escuros, este escurecimento é interpretado pelos olhos como um ambiente de pouca luz, o que faz com que as pupilas dilatem, deixando os olhos ainda mais expostos aos raios ultravioletas”, explica.
Estes óculos, além de não protegerem, podem causar distorção na imagem capturada ocasionando dores de cabeça. Já os óculos com tecnologia apropriada ajudam na saúde da visão, justamente por filtrarem a entrada dos raios, limitando a incidência solar. “Consequentemente, existe um esforço menor para se enxergar, sem que a pessoa seja levada a franzir a testa e apertar os olhos. Consequentemente, a proteção dos olhos e a visão mais confortável, beneficiam, também, a área ao redor dos olhos, se não impedindo, ao menos dificultando o aparecimento de rugas, um fator estético sempre desejável”, afirma o médico.
Outras alterações associadas à exposição excessiva aos raios ultravioleta podem provocam a degeneração de mácula. Neste caso, com o avançar da idade, podem ocorrer doenças em razão dessas cicatrizes. “A própria exposição solar, podem gerar “queimaduras” na retina e provocar cicatrizes na retina, e com isso, são maiores as chances da pessoa apresentar déficits permanentes na visão”, adverte o especialista. Ele comenta que também há estudos em curso que associam exposição maior ao sol com o aparecimento de doenças como a catarata. “Também é sabido que pessoas que trabalhando ao sol sem a proteção devida estão mais sujeitas ao pterígio, que é aquela “carninha” que se forma na parte da frente do olho e que invade a córnea, podendo causar deformação da córnea se não retirado cirurgicamente”, informa.
Serviço:
Grupo INOB
INOB Brasília
SHLS 716 Centro Clínico Sul Torre II – Térreo
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HOG
Quadra 1 Conjunto G Lote 1 – Setor Sul
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