quinta-feira, 8 de julho de 2010

Feitiço Mineiro Apresenta Cleide D’Lucca

A cantora Cleide D’Lucca será a atração musical do Feitiço Mineiro no sábado 16 de julho, a partir das 22 horas. Dona de uma voz delicada, feminina e afinada, ela selecionou um repertório repleto de clássicos da MPB para envolver a platéia. Apaixonada pelo samba-- seja de ontem, seja de hoje, seja, de preferência, o samba do bom--, ela presta homenagem aos que já se foram, como Cartola e Clara Nunes e com a mesma reverência sustenta na voz os que aqui estão, caso de Mart’Nália e Marisa Monte, por exemplo.



Na apresentação acústica, acompanhada por violão, baixo, bateria, cavaco e outras percussões, Cleide também promete agradar com canções de Paulinho da Viola, Gonzaguinha, Maria Rita, Jorge Aragão, Demônios da Garoa, Wilson Simonal, Dona Ivone Lara, Ary Barroso, Velha Guarda da Portela e União da Ilha do Governador.


Sobre Cleide - Baiana que veio para Brasília pequenininha, Cleide cresceu na companhia musical de Diana Ross, Aretha Franklin e Michael Jackson. Quem via a menina cantando a plenos pulmões percebia logo que, apesar de empunhar o pente da mãe como se fosse um microfone, ela não estava para brincadeira. Os pais, Manoel e Francisca da Conceição adoravam assistir ao entusiasmo vocal da filha e prestigiavam, ao lado dos outros cinco filhos, às suas apresentações no quintal, na sala, nas festinhas...

O primeiro concurso musical veio aos dez anos. Aos 12 já integrava o coral da Paróquia São Marcos e São Lucas. Sempre que cantava nas missas aos domingos, meio aos fiéis, lá estavam seus dois maiores fãs, os pais. Também apaixonada pela atuação dramática, fundou, aos 18 anos, o grupo de teatro musical Raio de Sol. Das apresentações na paróquia surgiram os convites para cantar em casamentos, o que Cleide faz com a maior inspiração ainda hoje. Dois anos se passaram e após vencer o concurso de calouros do Sesi entrou na banda cristã RC33. A frustração por não ter conseguido realizar com o grupo a gravação do primeiro CD levou-a a flertar com a MPB, estilo em que se destaca hoje.

Chegou a ser convidada a ser vocalista de uma banda, mas a morte do pai calou sua voz. Estudou administração de empresas e aos poucos voltou a cantar, até que mais um golpe da vida tirou-lhe também a mãe. Sem o apoio e aplauso de seus grandes incentivadores Cleide não via mais sentido em cantar. Depois de um jejum de aproximadamente quatro anos e de tantos incentivos e pedidos para que soltasse a voz, ela finalmente aceitou o desafio de voltar a cantar quando Flávia Botelho, uma colega de trabalho, soube do seu passado.

A reestréia aconteceu em uma descontraída festa de confraternização da empresa em que trabalha, a academia A! Body Tech. De queixo caído, o público presente não permitiu mais que Cleide deixasse a música. Seu chefe, o executivo Alfredo Leite, gosta de brincar dizendo que vai ficar muito feliz no dia em que sua eficiente colaboradora pedir demissão para trocar de vez a administração pelos palcos. É assim: quem a ouve cantar sabe que é uma questão de tempo para que ela seja descoberta. Na verdade isso já está acontecendo...

Cantando em barzinhos e participando de eventos como o Sesc Garagem ela retomou a segurança que havia perdido. Sua performance, marcada pela interatividade, domínio da platéia e uma bela voz ritmada pela batida do coração é digna de bis!

Apresentação de Cleide D’Lucca
Feitiço Mineiro
Dia: 16 de julho de 2010
Horário: 22horas
Couvert: R$15,00